ATA DA CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 13-12-2006.

 


Aos treze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila e Neuza Canabarro. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Comassetto, Cassiá Carpes, José Ismael Heinen, Paulo Odone e Professor Garcia. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 2083, 2084, 2085, 2086, 2087 e 2088/06 (Processos nos 5741, 5742, 5743, 5744, 5745 e 5746/06, respectivamente); pela Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Providência no 2089/06 (Processo no 5747/06); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 2081 e 2082/06 (Processos nos 5738 e 5739/06, respectivamente); pela Vereadora Sofia Cavedon, o Pedido de Providência no 2080/06 (Processo no 5737/06); pelo Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do Partido Progressista, a Emenda n° 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo no 004/06 (Processo no 0949/06). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 199/06 e o Projeto de Resolução no 098/06, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 194, 228, 230, 231 e 232/06, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo no 031/06, discutido pelos Vereadores Elói Guimarães, Ervino Besson e Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei Complementar do Executivo no 014/06; o Projeto de Lei do Executivo no 053/06, discutido pelos Vereadores Adeli Sell e Ervino Besson. Às quatorze horas e cinqüenta e dois minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Dr. Goulart e pela Vereadora Maria Celeste, esta nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos Senhores 2º Secretário e Presidente.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 4608/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 199/06, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Empresário Jorge Sirena Pereira (Dody Sirena).

 

PROC. N. 5726/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 098/06, de autoria da Mesa Diretora, que concede o Prêmio Mulher em Ação à Senhora Dione Peña Zanatta, na área A Mulher na Educação; à Senhora Neusa Selma Lyrio Heinzelmann, na área A Mulher na Saúde; à Senhora Eva Atanaides Rodrigues, na área A Mulher nos Direitos Humanos, à Senhora Leila Regina Lopes, na área A Mulher na Política, e à Senhora Iara de Fátima Bueno da Rosa, na área A Mulher na Comunidade.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 4455/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 194/06, de autoria da Verª Maria Celeste, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre José Antonio Heinzmann.

 

PROC. N. 5466/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 228/06, de autoria do Ver. Paulo Odone, que denomina Praça Jornalista Orlando Loureiro o logradouro público cadastrado, conhecido como Praça 6212, localizado no bairro conhecido como Aberta Morros. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. N. 5545/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 230/06, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que denomina Beco das Gérberas o logradouro não-cadastrado, conhecido como Travessa A - Rua Prof. Clemente Pinto, localizado no Bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. N. 5552/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 231/06, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que denomina Rua Clenio Barilli o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua G - Flor da Restinga, localizado no Bairro Restinga. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. N. 5600/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 232/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Irmão Valério Menegat.

 

PROC. N. 5289/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 031/06, de autoria da Verª Mônica Leal, que altera o parágrafo único do art. 142 e o art. 144 da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996, alterada pela Lei Complementar nº 504, de 26 de maio  de 2004, que institui o Código Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências, determinando condições para a condução de cães das raças American Pit Bull Terrier, Fila, Rottweiler, Dobermann, Bull Terrier, Dogo Argentino e demais raças afins, em logradouros públicos ou vias de circulação interna de condomínios, e atualizando número de dispositivo ao Código Civil vigente.

 

PROC. N. 5604/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 053/06, que extingue e cria Cargos em Comissão e Funções Gratificadas na Administração Centralizada, constantes na letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, altera e consolida a redação do art. 1º da Lei nº 8.689, de 28 de dezembro de 2000, e alterações posteriores, e dá outras providências. (cria cargos/função na SMOV; atribui verba de representação)

 

PROC. N. 5605/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 014/06, que revoga o art. 24 da Lei Complementar nº 534, de 28 de dezembro de 2005, e dá outras providências. (verba de representação/Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Tributários)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a Pauta sempre consegue me surpreender. Nós temos mais uma Sessão Ordinária no dia de amanhã, e hoje pela manhã tínhamos oito Projetos em primeiro dia de Pauta. Neste momento, esses oito Projetos estão em segundo dia de Pauta; amanhã, terão percorrido os três dias de Pauta e, possivelmente, serão guardados para que no próximo ano se dê seqüência. Mas o que me surpreende é que, do meio-dia até às 14h, dois Projetos entraram em 1ª Sessão de Pauta e não correrão a Pauta este ano; continuarão a Pauta no ano que vem.

O Ver. Luiz Braz propõe o Título de Cidadão de Porto Alegre ao empresário Jorge Sirena Pereira - Dody Sirena; e a Mesa, um Projeto de Resolução que concede o Prêmio Mulher em Ação à Srª Dione Peña Zanatta, na área A Mulher na Educação; à Srª Neusa Selma Lyrio Heinzelmann, na área A Mulher na Saúde; à Srª Eva Atanaides Rodrigues, na área A Mulher nos Direitos Humanos, à Sra. Leila Regina Lopes, na área A Mulher na Política, e à Srª Iara de Fátima Bueno da Rosa, na área A Mulher na Comunidade. Esses dois Projetos entraram depois do meio-dia, não terão condições de ter a Pauta vencida, porque são necessárias mais duas Sessões, e nós só temos uma amanhã. E, se houver Sessão Extraordinária, evidentemente eles não vão participar, porque a Sessão será definida.

Agora, eu só fico dizendo que temos muitas Leis, e nós não precisamos de muitas leis. E muitas delas se repetem. Da nova Constituição de 1988 até agora, o País fez mais de 1 milhão de Leis. Recentemente, eu li que essas mais de 1 milhão de leis, se somadas, se for feita uma condensação de todas elas, não conseguem superar os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Então, acho que o nosso problema não é fazer leis e mais leis; é fiscalizar o cumprimento da lei, é exigir atenção na execução orçamentária, é fazer uma boa análise da Proposta Orçamentária, da Lei de Diretrizes Orçamentárias. E, no próximo ano, examinar com cuidado, com carinho, o Plano Diretor, que vem preocupando toda a sociedade porto-alegrense; temos que dispor de mais tempo para esse tipo de matéria que diz respeito à vida de toda Cidade, da população. E, se cada cidade cuidar de seus problemas, o País vai ser muito melhor. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Cara Verª Maria Celeste, na presidência dos trabalhos - vamos vê-la muito nessa função no ano que vem, Vereadora; colegas Vereadoras e Vereadores, eu quero tratar do Projeto do Executivo que extingue e cria Cargos em Comissão e Funções Gratificadas na Administração Centralizada, na SMOV. Eu fico impressionado, Ver. Bernardino, em como aparecem alguns Projetos do Executivo. De uma hora para outra, eles estão na Pauta, e os Vereadores querem votar.

Esse Projeto parece um negócio altamente inofensivo. Se a gente fica olhando, o Projeto extingue cinco cargos e cria três. Beleza! Estão diminuindo os cargos, mas é sempre assim, “vem um jaburu embutido”. Acontece que nós estamos criando aqui, na verdade, dinheiro para representação, e não é pouca coisa: eu diria que os valores e os números exatos são 3 mil reais, mais concretamente 2.798 reais. Verba de representação! Gente, esse negócio nunca houve na Administração. Alguns aprovaram; eu votei contra. Não tem essa de verba de representação. Se o sujeito tem que viajar, fazer alguma coisa, tem diária; se o sujeito vai para a Prefeitura, sabe que tem um salário de Cargo de Confiança, já ganha mais do que o de Carreira, sabe que pode ser demitido a qualquer momento, então tem que assumir as responsabilidades. Se a pessoa não quer, por exemplo, ser Supervisor de Edificações e Controle, que não se candidate.

 

O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sobre a criação dos CCs, tem um outro tema que a nossa Bancada trouxe a esta Casa e até agora não recebemos uma confirmação contraditória ou contrária, no sentido de que os 702 CCs hoje ganham também horas extras.

 

O SR. ADELI SELL: Nunca se pagou hora extra para CC; CC é Cargo de Confiança, tem que estar à disposição 24 horas por dia, 365 dias por ano, desde a época do Ver. João Antonio Dib era assim. Sempre foi assim, Poder Público é isso. Cargo de Confiança tem que aceitar as broncas, os ônus e os bônus.

Cortam as horas extras dos funcionários, estão cortando hora extra, o pessoal da Guarda estava com 120, 140 horas, inclusive aqueles penduricalhos, os da SMIC, e vão passar para 90. Tem que estar à disposição a qualquer momento.

Tem uma normativa dentro da Prefeitura sobre as horas extras, quem trabalha não ganha, e os outros ganham. Eu acho que, se continuar esse negócio, pagando hora extra para CC, eu quero saber: verba de representação para quê? Representar o quê? Gabinete do Secretário, Secretário Adjunto? Secretário Adjunto é adjunto, não representa nada além de ser Secretário Adjunto; Oficial de Gabinete: Chefe de Gabinete em linguagem popular. Supervisor da SEC é supervisor. Representação para quê? Para representar o quê? O Papa? É claro que não vai representar o Papa! Vá fazer o que tem que fazer: trabalho, arregaçar as mangas e começar a governar, começar a trabalhar, acabar com a buraqueira que tem na Cidade! É isso que tem que fazer! Não adianta ficar com cara feia! É o debate, “a vida como ela é”, como dizia Nelson Rodrigues. “A vida como ela é”: cruel, cruel com os funcionários, de baixos salários. Estão cortando hora extra do gari da Prefeitura, por isso tem lixo em tudo que é lugar; estão cortando hora extra do pessoal que faz poda e limpeza na praça, por isso a Secretaria do Beto Moesch é essa maravilha do mundo, que tem a oposição de todos e de todas, sim, da situação, da oposição, do povo, dos ecologistas, dos não-ecologistas! É assim que é! Vamos falar as coisas como elas são! Tem Secretário que, quando eu venho aqui, eu elogio, Secretário que funciona que é uma “brastemp”: você pergunta, ele responde! Ou seja, está lá sabendo o que está fazendo; mas outros não sabem! Esse é um problema, Ver. Bernardino, do Governo do Fogaça, com todo o respeito: não é parelho!  Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Verª Maria Celeste, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a Verª Mônica Leal propõe Projeto alterando parágrafos da Lei Complementar n.° 395, o que denota, obviamente, as suas preocupações com os animais - os cachorros -, enumerando a lista dos cães das raças american pit bull terrier, fila brasileiro, rottweiler, dobermann, bull terrier, dogo argentino e demais raças afins. É uma preocupação extremamente importante, porque propõe que, no interior das propriedades e nos condomínios, se estabeleçam regramentos na condução dos referidos animais. Todos sabemos que, embora sejam animais de porte, animais de raças que foram apuradas para determinadas finalidades, o grande problema é o dono do cachorro, é exatamente aquele que tem o cão à sua guarda, que tem o cão à sua responsabilidade e aos seus cuidados. Essa é uma questão fundamental, porque outras raças também – e aqui se estende a outras raças –, dependendo da criação, da educação, enfim, dos tratos na condução do animal, teremos aí um cão dócil, enfim, adestrado, etc e tal.

A questão da responsabilidade tem assento na responsabilidade civil, no nosso Código, tanto no Código Civil, quanto no Código Penal. São questões que estão ali tratadas. Mas a preocupação é importante, porque estamos observando irresponsabilidades e, vez por outra, acidentes lamentáveis, ataques de cães principalmente a crianças e a pessoas velhas. Isso determina, sim, com que se ofereça uma série de alternativas e legislação no sentido de se evitar e de se estabelecer segurança às pessoas. E cumpre acrescentar, Verª Mônica Leal, que V. Exª, entendo, deveria incorporar, incrementar no seu Projeto, alguma coisa relacionada ao fato de termos visto crianças conduzindo cães das raças aqui mencionadas e também de outras raças, e, muitas vezes, até pessoas frágeis. Outro dia, eu vi uma menina - poderia ser um menino - sem condição nenhuma de segurar o animal pela guia, pela corrente, enfim, sem nenhuma condição física de deter o animal - embora o animal não tivesse atacado ninguém -, sem as menores condições.

Então, eu acho que crianças e determinadas pessoas não podem conduzir animais em público, porque isso põe em risco potencial a segurança das pessoas, e têm acontecido lamentáveis ataques e acidentes determinados por cães, exatamente porque a pessoa que conduz o animal não tem condições materiais e físicas de segurar o próprio animal. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ERVINO BESSON: Verª Maria Celeste, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu saúdo a todos.

O Ver. Adeli criticou, há pouco, no seu pronunciamento, a criação de cargos. Ver. Adeli, esses cargos estão se adequando à Lei, esses cargos existem na Lei ordinária para se adequarem dentro da Lei, eles estão sendo adequados na Lei Complementar, Vereador. Não estão sendo criados mais cargos, como V. Exª disse, do Executivo. É a adequação à Lei. Está-se adequando à Lei, Vereador. Mas se a população que nos acompanha no Canal 16, de repente, pensa que a Câmara Municipal, o Executivo Municipal, o Prefeito estão criando um “trenzinho da alegria”, não é isso! Simplesmente estão-se adequando esses cargos à Lei, só isso, meus caros colegas Vereadores.

Outro Projeto que está na Pauta diz respeito aos cães ferozes. Eu acho que é importante a Câmara Municipal, Vereadores, Vereadoras, a própria comunidade que têm nos ajudado muito de uma forma muito positiva, nos dando suas opiniões, é importante que a população que nos assiste, que acompanha o nosso trabalho traga aqui os seus pontos de vista a respeito dos Projetos. E com relação a este Projeto, sobre o cuidado que as pessoas devem ter com esses cães ferozes, que, de fato, têm mutilado e têm tirado vidas, principalmente das crianças, eu acho que a discussão é importante. Há pessoas que têm cães nas suas residências, até pela segurança, enfim, que essas pessoas venham até a Câmara Municipal, que nos tragam esses subsídios, que conversem com os Vereadores, com as Vereadoras, para que nós possamos ampliar essa discussão de uma forma transparente, de uma forma que a gente consiga adequar esse Projeto para que a população tenha maior segurança, pois aqui é o fórum para essa discussão. Portanto, acho de extrema importância esse Projeto, acho que com essa discussão poderemos ouvir esses segmentos da sociedade para que nós possamos votar esse Projeto, alterar no ponto que for necessário. E que a gente consiga, sim, trazer pessoas que têm muita preocupação, por exemplo, essas pessoas que nós temos visto que passeiam com esses cães na praças, para que tenham um cuidado, que não sofram assim... Aquelas pessoas que sentem medo de freqüentar as praças... Quando a pessoa se depara com esses cães ferozes, leva aquele choque. Por isso é importante a discussão desse Projeto. E nós estamos aqui para ouvir, também, esse segmento da nossa comunidade, como a gente já tem ouvido as pessoas que nos procuram. E tudo que vier para nos ajudar, eu acho que estará ajudando, além da Casa, sem dúvida nenhuma, a nossa comunidade. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sra. Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, também vou falar sobre o Projeto da Verª Mônica Leal, mas, evidentemente, não com a preocupação excessiva de fazer contestação sem responsabilidade.

Em primeiro lugar, acho que o problema existe, nós sabemos o quanto as pessoas colocam em risco a sociedade quando permitem e andam com os cães nas vias públicas, sem o devido cuidado. Eu apenas tenho uma observação a fazer, e não é uma afirmativa; é apenas uma observação a fazer, ainda em tempo, se for o caso de fazer um reparo: quando a Verª Mônica trata de circulação interna de condomínios, quero lembrar que temos legislação própria que trata desse assunto, que é a Lei nº 4.591, que não foi revogada com o advento do novo Código Civil. Temos as convenções condominiais também, que são condições convencionadas entre os condôminos para trazer um regramento à sociedade condominial. Então apenas eu tenho esse cuidado.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino Vendruscolo, quando passava por V. Exª e descia da tribuna, V. Exª me questionava da possibilidade da Lei, por assim dizer, interagir em áreas privadas, e aí sai meditando. Mas há possibilidade, sim, porque se trata de questões de ordem pública, e a Lei não conhece limites em regrar situações quando está em jogo a ordem pública. Sou grato a V. Exª.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado, eu agradeço a V. Exª também. Também tenho essa preocupação, por isso que não afirmo com segurança, apenas faço essa ressalva de que nós precisamos observar a Lei nº 4.591, e o próprio Código Civil, lá em torno do artigo 1.300, que trata dos condomínios edilícios, e também nas convenções. Mas é necessário, sim, que debatamos este assunto aqui nesta Casa, e no seu pronunciamento o Ver. Elói Guimarães dizia que o problema não é o cão, e, sim, o dono. Eu também acho que V. Exª tem razão. Infelizmente as pessoas deveriam, principalmente esses que adquirem esses cães de raça, deveriam, primeiro, preparar-se para ter um cão; as pessoas fazem o contrário, adquirem um cão e vão, depois, perguntar como é que se adestra esse animal.

 

A Sra Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, a minha intenção é proteger o cidadão que se vê frente a uma possibilidade de risco, da mesma maneira como um cidadão não pode portar uma arma, num condomínio, numa área restrita, como V. Exª mesmo referiu, esse cachorro, que já está comprovado através de inúmeros ataques, também tem que ter regras. Não pode, de forma alguma, andar sem focinheira, sem uma guia curta, e outras coisas mais, porque isso pode colocar em risco a vida das pessoas. Obrigada.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado. É mais ou menos na mesma linha que eu estava colocando. Então, assim, o dono do cão deve antes, principalmente do cão de raça, procurar saber como é que ele faz para manter um cão, como é que ele faz para ter um cão adestrado, não fazendo o contrário, que é o que a grande maioria faz: adquire um cão e depois vai buscar, com os técnicos, os procedimentos que devem adotar. Eu acho que o Projeto é interessante, é um Projeto que deve ser debatido nesta Casa, porque o problema existe, as pessoas andam nas vias públicas sem o devido cuidado. Sempre me preocupo quando se trata, assim, de legislação que diz respeito à propriedade particular, que é a propriedade condominial, porque há um regramento, os condomínios todos têm um regramento. Agora, também tem muito fundamento o que diz o Ver. Elói Guimarães, por ser uma situação que extrapola essa condição interna dos condomínios. Mas o Projeto é bom, vale a pena debatermos. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 14h52min.)

 

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